terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CAPÍTULO 1 (Amor Inexplicável)

POV ARTHUR

“Você precisa ganhar para sair dessa vida Arthur” me lembro da frase que minha mãe havia me dito horas mais cedo. Preparando-me para mais uma luta, esperando naquele velho quarto escuro para que meu nome seja anunciado. Não me importo quem vai ser meu oponente, pouco me interessa se vou me machucar ou não. O que me interessa realmente é sair dessa vida de jogos e lutas, e encerrar de uma vez por todas a carreira da família Aguiar em clubes clandestinos. Tornar-me um médico, para ajudar os outros e não prejudicar de alguma forma. Mas para meu sonho se realizar eu preciso desse dinheiro que ganho lutando, para sair de Volta Redonda deixando esse meu presente sombrio para traz.
Retiro meus óculos e minha camiseta, lavo meu rosto e me olho uma ultima vez no espelho daquele quarto. Meu nome é anunciado e escuto vaias e risadas ao entrar. Imagino o que eles devem estar pensando um cara “pequeno”, não muito forte e de bermuda de surfista não vai conseguir vencer o melhor das lutas, Lucas o demônio na terra. Abre-se um grande circulo em meio à multidão e Renan sobe em uma cadeira com um bolo de dinheiro feito das apostas e diz:

_Sejam bem-vindos ao círculo, meu nome é Renan e sou eu que faço as regras e convoco as lutas. Um grande e importante detalhe, as apostas só terminam assim que um dos oponentes estiver no chão. E claro nada de ajudar os lutadores e nem mudar as apostas no meio da luta, muito menos invadir o círculo_ gritava em um microfone em meio à multidão de homens que estavam ali para assistir a luta_ Hoje teremos um novo desafiante para Lucas o demônio!_ e só de falar o nome dele a multidão gritava_ Arthur Aguiar!_ risadas e muitas vaias, foi só o que escutei.

Olhei por um minuto para a multidão de pessoas ali presentes que gritavam “Vai Lucas acaba com ele”. E como se de repente tudo ficasse calado a frase da minha mãe veio em minha cabeça. Abri meus olhos e encarei determinado o meu adversário, ele estava sorridente estralando os dedos da mão e o pescoço para me intimidar. O que não aconteceu, a buzina que Renan carregava em suas mãos foi apertada e se deu o inicio da luta.
Lucas deu um passo para frente e eu um para trás. Decidi assumir uma postura defensiva e Lucas me golpeava nos braços e na barriga tentando acertar meu rosto inúmeras vezes mais eu não deixava. Então ele abaixou um pouco a guarda e eu ataquei com um soco forte e preciso em seu queixo, ele ficou um pouco tonto mais não caiu. Então me agarrando pela cintura tentou me jogar no chão, como se fosse instantâneo levantei meu joelho e acertei seu rosto fazendo sangrar seu nariz, aproveitei o momento e executei diversos golpes em seu rosto. Finalmente ele caiu no chão ainda tentou se levantar mais estava sem forças, e ficou por lá mesmo. Renan desceu da cadeira veio até mim e levantou meu braço.

_Que noite emocionante! Temos um novo vencedor Arthur Aguiar!_ diferente do começo agora a maioria gritava meu nome e eu simplesmente não demonstrei nenhuma reação. Retirei-me indo ao quarto escuro.

Ao chegar naquele ambiente com cheiro de mofo me permiti sorrir a final havia ganhado a luta e finalmente sairia dessa cidade com o dinheiro suficiente para viajar para outra região do país. Alguns minutos se passaram e Renan entrou no quarto.

_Parabéns garoto, você leva jeito com isso.
_Obrigado mais fiz isso somente porque preciso do dinheiro. E alias é o que você está me devendo_ disse sério, não queria conversa estava louco para sair daquele lugar.
_Aqui está_ disse Renan me entregando uma maleta com o dinheiro_ Se não for perguntar demais, o que pretende fazer com R$ 10.000.
_É perguntar demais sim, tenha uma boa noite._ digo me retirando do lugar.

Chegando em casa encontro meu velho pai deitado no sofá, dormindo após ter bebido o suficiente para ter uma boa ressaca amanhã, minha mãe ainda deve estar no plantão no posto de saúde da cidade. Então deixo a maleta em cima de minha cama no meu quarto e desço para ajudar o meu pai a se deitar.

_Vamos pai, o senhor precisa de um banho_ digo colocando o braço de meu pai no meu ombro e o ajudando a se levantar.
_Seu moleque eu não preciso de você, me larga!_ disse tentando se soltar o que eu não deixei, levei meu pai ao banheiro do seu quarto e lhe dei um banho gelado para tirar um pouco daquela bebedeira.

Após colocar um pijama em meu pai, o deitei em sua cama ele resmungou um pouco mais virou para o outro lado e apagou.
Era sempre assim, todos os dias minha mãe trabalhava na semana no hospital e meu pai jogava todo dinheiro de nossa família em apostas. Não era isso que desejava para o meu futuro e finalmente estaria livre para sair dessa vida.
Me encaminhei para o meu quarto, tomei um banho e me deitei porque amanhã deixaria Volta Redonda.

Recado da escritora: por favor, comentem preciso saber o que estão achando da história.

Beijos, Lara.

2 comentários:

  1. Ai posta mais, já sou fã ksks... No que puder ajudar eu ajudo, e pode deixar que eu vou divulgar lá no R.F... Bjokas

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